quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Passo Fundo: minha e da Natália

Devido às declarações infelizes da participante do BBB 08, Natália, e de sua conduta que parece representar todas as mulheres dessa cidade, venho por meio deste blog esclarecer algumas coisas a respeito de nossa (minha, dela, e de outros milhares) cidade.

Passo Fundo, localizada no norte do RS, é a cidade mais populosa dessa região - 183.200 habitantes, segundo estimativas do IBGE – talvez por isso, ela reúne todas as qualidades e defeitos de cidades de grande e pequeno porte. Além dessa anormal (desculpem-me a franqueza), temos o ex-técnico da seleção brasileira, Felipão, e o falecido cantor Teixeirinha como filhos ilustres.

Passo Fundo sedia vários eventos culturais, entre eles, um dos maiores eventos literários da América Latina: a Jornada de Literatura, e o Festival Internacional do Folclore, um dos maiores e bem organizados do mundo, e mais recentemente, a encenação anual de um dos maiores conflitos armados ocorridos no RS: a Batalha do Pulador, ocorrida aqui.

Uma amiga paulista virtual me falou no MSN que dava a entender que não existia nem asfalto em Passo Fundo. Então a pergunta é inevitável: existem avenidas asfaltadas em Passo Fundo? Não...não somente há avenidas asfaltadas, mas também as ruas dos bairros mais distantes do centro da cidade são asfaltadas. Dizem que há mais asfaltos aqui que na capital gaúcha, Porto Alegre. Dúvidas à parte, só sei que proporcionalmente isso é verdade.

Mulheres? Lindas, mas como sou suspeito em afirmar isso, pergunta a um amigo da sua cidade que já teve o prazer de vê-las. Promíscuas como ela? Em toda a minha vida, não encontrei nenhuma. Claro, existem mulheres promíscuas, existem as mais recatadas, mas proporcionalmente são raras as natálias por aqui. Talvez por isso ela considere nossa cidade um atoleiro, grotão, e sabe-se lá que outros adjetivos ela usou para se referir a nossa cidade.

Passo Fundo tem pontos negativos? Sim. Falta de uma vocação industrial responsável pela saída de várias indústrias nos últimos vinte anos, o descaso com prédios quase centenários (a cidade tem apenas 150 anos de emancipação), a transformação da maior e mais tradicional sala de cinema e teatro em uma garagem, a exigência de uma “boa apresentação” em todos os lugares que se vá (se não estiver bem vestido...!), poucas opções de lazer, motoristas afobados e um certo grau de provincianismo da população.

E que outros pontos positivos existem aqui além dos citados acima? Uma das melhores frotas ônibus do Brasil, renovada a cada dois anos, e com direito à música e, em alguns casos, a um butijão de água mineral a sua espera na porta da saída. Uma das maiores (ou a maior, não tenho certeza) usinas de biodíesel da América Latina. A pitoresca “mateada na praça”, onde as pessoas se reúnem nos canteiros centrais à tardinha para saborear um chimarrão. Um verdejante campus universitário aberto ao público para lazer. Um povo receptivo...

Como procurei explicar, Passo Fundo não é exatamente um modelo de civilização, mas está longe de ser o “cafundó do brejo”. Será que já não basta o nome “Passo Fundo” passar essa impressão? O nome vem do rio Passo Fundo, que corta a cidade, que por sua vez era ponto de descanso e recomposição dos tropeiros que se dirigiam para São Paulo. Devido à dificuldade de acesso que o rio oferecia aos tropeiros, ele recebeu dos mesmos o nome de Passo Fundo.

Esse é o meu retrato da cidade da Natália e dos “gatorros” (alguém se lembra disso?). Para maiores informações, consultem esses dois sites:


https://www.pmpf.rs.gov.br/portal/geral/portal/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Passo_Fundo


E um beijão pra Natália!

2 comentários:

Oibaf disse...

parabéns pelo texto!

Anônimo disse...

Ah, Ed...relaxa, viu? Eu moro numa cidade de interior tbm, apesar de ser da capital, e minhas amigas que são de lá, imaginam que me divirto dando voltas no coreto e correndo atrás das galinhas no meu quintal...(e eu nem tenho galinhas!!!)rs
E quanto a "vadiagem" da tal Nathalia, teríamos que ser idiotas demais pra generalizar o comportamento de todas as mulheres da cidade pelo dela.
Mas é que dificilmente as cidades de interior são citadas por aí, e quando citam da forma que ela tem feito, causa um rebuliço nos moradores da cidade mesmo.
Mas logo ela se torna uma ex-BBB e desaparece novamente no buraco negro do anonimato, e tudo volta ao lugar.
O problema é se o povo daí ficar endeusando a dita cuja, aí vai ser dose pra vcs aguentarem!
Beijos!