sábado, 15 de outubro de 2011

Scarlett e as burcas!!!

Há pessoas cujo silêncio transmite uma sabedoria tão profunda que faria Dalai Lama se ajoelhar diante dela. Creio que a atriz americana Scarlett Johansson seja uma delas. Ela concedeu uma entrevista a revista GQ e fez uma declaração que conta com o apoio de muitos, inclusive, claro, das muçulmanas que vivem na Europa. Vou comentar baseado nesse artigo da UOL do dia 06/10:


Berlim, 6 out (EFE).- A atriz americana Scarlett Johansson considerou "absurda" a proibição em alguns países ocidentais do uso da burca islâmica, em entrevista da edição alemã da revista "GQ" publicada nesta quinta-feira.

"É um absurdo dizer que roupa alguém pode ou não usar", avalia a atriz, conhecida por seus papéis em "Encontros e Desencontros" e "O Encantador de Cavalos".


Scarlett acrescenta que "uma minoria" entre as mulheres muçulmanas é "forçada" a usar a burca e a maioria usa para mostrar suas "convicções religiosas".


"Para mim é difícil estar em lugares onde a sociedade se baseia na opressão da mulher", afirma.


Segundo a atriz, de 26 anos, "ainda falta muito para a igualdade ser alcançada" entre homens e mulheres, e lamenta que "milhões de mulheres em todo o mundo sejam maltratadas e discriminadas".


Ayaan Hirsi Ali discordaria dela em parte. Em seu livro Infiel, ela relata que em países muçulmanos, qualquer mulher que não esteja escondida com uma burca é chamada de prostituta por qualquer cidadão local. Num certo país muçulmano da África, homens capazes de se excitarem com qualquer mulher vestida de jeans e camiseta estariam autorizados a atacar a infeliz desinformada sobre a necessidade de vestir a burca, mesmo num calor que supera os 40°C e umidade do ar sub-brasiliense!!!


No mesmo livro, Ayaan cita o exemplo do que ocorre numa fábrica holandesa, onde as funcionárias nativas devem ficar afastadas das muçulmanas. Quando uma esbarrava na outra, eram unhadas e puxões de cabelos na certa. “O preconceito é mútuo” diz. As holandesas diziam que as funcionárias muçulmanas (de Marrocos) eram antipáticas e preguiçosas. A opinião dessas últimas em relação às primeiras era ainda pior: prostitutas, e fedem. Naturalmente essa opinião vem de suas "convicções religiosas"!!!


Mas quem é essa Ayaan Hirsi Ali pra falar essas coisas??? Não, não é uma norte-americana neoconservadora tentando justificar as ogivas nucleares apontadas para o chamado “Eixo do Mal”. O “Ali” no nome já indica que se trata de uma muçulmana de nascença, nascida e crescida no certo país muçulmano da África que citei antes, que é a Somália, e que sentiu na pele o terror do islamismo radical. Viu e ouviu – gritos e pedidos de clemência – outras muçulmanas passarem pelo mesmo em outro país muçulmano, a Arábia Saudita!!!


Ayaan Hirsi Ali em seu livro, Infiel: É, definitivamente, ela não
é de extrema-direita!!!

Quando um país que acolhe oferece tudo aquilo que o país de origem não oferece, o mínimo que os imigrantes (imigrantes ou refugiados? Nesse caso, fico na dúvida) devem fazer são respeitar suas regras, suas leis. Se proíbem o uso de burcas, seja lá qual for o motivo, nada mais certo que cumprir a ordem; ainda mais quando um país oferece a chance desses imigrantes de se integrar a sociedade, o que nesse caso, parece ser na marra mesmo, mas nada tão dramático quanto as imposições e o uso da força nos países de origem dessas mesmas mulheres que evocam a democracia do país para poderem continuar usando a burca!!!


Scarlett Johansson: Ah, vá se vestir assim no Irã!!!


A srta. Scarlett poderia visitar o Irã, Arábia Saudita, a Somália, o Egito, qualquer país onde as mulheres usam burcas por “convicções religiosas”. Vá vestida com suas roupas habituais para descobrir como será tratada ou faça uma visita àquela fábrica holandesa!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Exagero da NatGeo!!!

Dê uma olhadinha nessa capa da National Geographic Brasil desse mês, ainda nas bancas!!!




Nas letrinhas azuis, está escrito:

O carbono é essencial para a vida na Terra. É fonte de energia e compõe os mais resistentes materiais.

Essa parte merecia um troféu de bom-senso, pois trouxe de volta ao conhecimento popular que o CO² não é o vilão que todos pensam. Mas como esse assunto sempre rende algum tipo de desinformação, eis que a dita surge, logo em seguida:

Mas emissões exageradas de gás carbônico (CO²), fruto do desmatamento, da queima de petróleo e carvão, alteram o equilíbrio do clima global [...]

O resto é um convite para comprar a revista. Como eu, muitos e outros tantos não leremos a revista por motivos diversos, muitos e outros tantos se sentirão satisfatoriamente informados com a capa. É sempre assim. Minha sorte é que tenho ao menos um mínimo conhecimento sobre o assunto!!!

E o que seriam essas "emissões exageradas" que a renomada revista se refere??? Procure em qualquer fonte, talvez na própria revista, e verá que o dióxido de carbono (CO²) corresponde a algo em torno de 0,035% da atmosfera terrestre. Qualquer "aquecimentista" reconhece que a quantidade de CO² que o homem libera corresponde a apenas 3% de todo esse gás carbônico. Quer visualizar esse "exagero"??? Lá vai!!!




A área em vermelho, corresponde ao CO² lançado na atmosfera pelo homem e o azul é o CO² natural. Sem dúvida, o homem ejeta na atmosfera uma quantidade muuuuuito exagerada de CO²*!!!



Agora, observe a composição da atmosfera da Terra:




A área em azul é o nitrogênio, a vermelha é o nosso oxigênio, e a verde é todo o CO² representado no gráfico anterior. O QUÊ??? NÃO TÁ VENDO A COR VERDE  DO CO² NESSE GRÁFICO???!!! Que exagero, tá bem ali na sua frente. Tá enxergando nesse gráfico o CO² liberado pelo homem??? NÃO?! A NatGeo enxerga e muito bem, ou será que ela confundiu com a área do oxigênio ou do nitrogênio???

Para visualizar a área correspondente ao CO² com um arco de circunferência de 1 cm, seria necessário um gráfico "pizza" de 9 metros de diâmetro. Para isso, precisaríamos de um transferidor de 10 metros de altura para desenhá-lo ou de uma tela de tamanho superior para gerar no Excel um gráfico desse tamanho!!!

Que exagero, não??? Não, não estou se referindo a nós, mas à afirmação da National Geographic, que certamente é compartilhada por muitos e que convence outros tantos!!!

* - A revista custa R$ 14,99. Se der R$ 15,00 ao jornaleiro, você deixará de receber 1 centavo, o que corresponde a 0,0666% do dinheiro dado. Esse percentual é 63,5 vezes maior que os 0,00105% que representa as emissões humanas de CO² em relação ao total da atmosfera. Esse 1 centavo não paga nem uma página a mais da revista, mas pela lógica da National Geographic, essa apropriação indébita seria absurdamente exagerada ou escandalosa!!!