terça-feira, 26 de junho de 2012

Direita e esquerda???

Revendo o politicômetro e suas variáveis, cheguei a seguinte conclusão: a grande diferença ideológica não é ser de esquerda ou direita, mas sim liberal ou anti-liberal; em outras palavras: ser radical ou moderado!!!


Vejam bem: qual é a diferença entre o comunismo de Stalin, de esquerda, com o nazismo de Hitler, considerado, com ressalvas, de direita? Só detalhes, pois na prática, ambos eram totalitários, autoritários, ambos mataram milhões de pessoas, ambos concentravam o poder no Estado. Enfim, ambos eram radicais ou anti-liberias!!!

A diferença que serve de consolo, é que o comunismo (ou socialismo) foi implantado em diversos países, o que possibilitou graus variados de totalitarismo, autoritarismo e mortes; na maioria dos casos, tragédias inferiores às promovidas por Stalin. Assim, dá pra escolher um regime socialista/comunista de seu agrado e fazer os devidos retoques para ficar melhor apresentável. No caso do nazismo, só houve na Alemanha, criado e conduzido pelo que havia de pior na espécie humana. Sem falar que não fez promessas messiânicas/sociais para os povos da Terra!!!

Às vezes, tenho a impressão que se o holocausto e todas as declarações de ódio de Hitler não viessem à tona, seguramente o nazismo seria considerado um bom regime...de esquerda!!!


Desenvolvimento sustentável para maiores de 18 anos!!!

A Rio + 20 termina com o resultado esperado: ninguém, a menos os países menos desenvolvidos, abre mão de seu crescimento econômico para supostamente salvar o planeta. Ao invés de realizarem o evento em Manaus, no meio da sagrada floresta Amazônica e dos povos indígenas, ou em São Paulo, para presenciarem de perto os efeitos de um crescimento insustentável, preferiram o cartão postal do Brasil. Será que mediram o aumento do nível do mar com o próprio corpo? Ou se espantaram com o efeito do aquecimento global no vestuário feminino nas praias ou na Marques da Sapucaí? OK, não estamos no carnaval, mas para os estrangeiros, todo dia é dia de carnaval no Rio!!!




Mas a atração desse evento foi expressão já meio antiga e muito usada, ao menos verbalmente: “desenvolvimento sustentável”. Muitas são as explicações ou palpites do que seria isso e quase todas passam longe do verdadeiro significado de desenvolvimento. Numa enquete na própria Rio+20, uma menina vestida de índia fala que “não devemos tirar da terra mais recursos do que precisamos...que as grandes corporações não devem fazer isso...”. Só não disse quantos celulares ela já teve nos últimos dez anos. Já uma matéria do JN, mostrou um lugar da Amazônia que substituiu a extração da madeira pela extração da castanha. Além de preservarem a floresta, ainda ganham mais dinheiro que antes. Parou por aí!!!



Desenvolvimento é qualidade de vida. Ora, não há qualidade de vida com rios poluídos , ou com água entrando nas casas, invadindo ruas, ou em casos mais graves, com deslizamentos de terra; logo, desenvolvimento sustentável é quase uma redundância. No longo prazo, ou o desenvolvimento é sustentável, ou não é desenvolvimento. Notem que no parágrafo inicial, usei a palavra “crescimento” para me referir ao “desenvolvimento” de São Paulo, pois a cidade cresceu economicamente, mas não é uma cidade desenvolvida , nem sustentável, nem insustentavelmente. Desenvolvimento requer renda, alimentação, saneamento básico, escolas, estabelecimentos de saúde, energia elétrica e transporte. Substituir a extração madeireira pela extração de frutos foi uma ótima ideia. mas, como estão os serviços públicos nessa região? Não sei porque isso não foi apresentado!!!



Como falar em “desenvolvimento sustentável” na Amazônia sem falar em hidrovias? Não seria necessário desmatar uma única árvore para implantá-la e o consumo de combustível seria baixíssimo. Seria uma ótima opção para o transporte das castanhas, açaís e outros produtos amazônicos, além de transporte de passageiros. Mas isso passou longe das discussões a cerca do tal “desenvolvimento sustentável” na Amazônia. No melhor dos casos, se falou em ferrovias, mas não em hidrovias; lógico, não na Amazônia. Eletricidade: sem Belo Monte e outras hidrelétricas locais, como seria fornecida a energia elétrica nessa região? Eólica e solar na Amazônia? Tudo isso me leva a crer que o tal “desenvolvimento sustentável”, pregado por ambientalistas ou não, não é tão “desenvolvimento” assim!!!



Mas para não dizerem que só critico, mas não acrescento nada, vou dar meu pitaco. Como disse há imemoráveis parágrafos atrás, desenvolvimento requer renda, alimentação, saneamento, etc...etc...Obter tais coisas com o mínimo impacto ambiental possível é desenvolvimento sustentável, aliás, já disse e expliquei que esse termo é quase redundante. Fazer um adequado uso do solo nas áreas agrícolas, reduzir ao máximo o desperdício tanto no consumo quanto na produção, fazer a compostagem do lixo orgânico, reciclar principalmente o alumínio, e até reduzir o consumo de produtos de origem animal, principalmente dos produtos bovinos, são medidas para um desenvolvimento sustentável no curto prazo. E claro, aumentar as malhas ferroviárias e hidroviárias, pois nem só de folhas de árvores vive o homem!!!