quinta-feira, 28 de março de 2013

Estranhos humanos!!!

Vejam esse meme que encontrei no Facebook, um entre tantos que falam sobre o assunto:





Agora, substituam a palavra "humanos" por "judeus", ou "negros", ou "homossexuais, ou "ateus", ou  "evangélicos", ou qualquer outro grupo discriminado de sua preferência para verem como o conceito muda completamente. Nesse exemplo de sua imaginação, o próprio meme seria deletado e seu autor, caçado e exemplarmente punido!!!


Entónces, se quiser demonstrar algum tipo de ódio a um grupo de pessoas, mire em toda a humanidade, e não apenas numa parcela dela. Estranho isso, mas é fato!!!



terça-feira, 26 de março de 2013

Tributar templos...!!!

Surgiu por aí uma proposta: a de tributar templos religiosos, mas aí eu pergunto: em que esse tributo incidiria? Somente sobre a propriedade ou também sobre o dízimo???


O primeiro caso parece sensato, mas...tributar dízimos? E questiono isso mesmo sendo eu um coração imundo. Isso tornaria o governo (provavelmento o federal, já que o dízimo seria considerado renda) um sócio dessa achacação. O pastor que assedia o fiel a contribuir com um valor maior do que este está disposto a dar terá a total cumplicidade do fisco. A bem da verdade, ninguém representa tão bem o fisco quanto uma igreja do tipo Universal. O pastor bandido faz o serviço sujo, e o governo leva sua parte, atendendo a uma reinvindicação popular e na certeza de que seu tributo está "desestimulando" essa sórdida prática. Enfim, ainda fica com a boa fama!!!



E tem mais: provavelmente o edir macedo da vida irá achacar ainda mais o fiel, para compensar o dinheiro perdido com o imposto. Vejam o gráfico abaixo:





A primeira barra representa a arrecadação do dízimo normal. A segunda barra é o dízimo já descontado um imposto de 20% sobre a renda, um desconto hipotético. O que fará o bom pastor para que sua renda volte ao nível anterior, conforme demonstrado na terceira barra? Irá achacar, assediar, tosar ainda mais sua ovelha, E se isso de fato acontecer???







A primeira barra é aquela última do gráfico acima, onde o bom pastor sacudiu o fiel até tirar a última moeda para compensar sua perda com impostos (a cor vermelha), e com esse artifício, o governo ganha ainda mais, representada pela cor vermelha da segunda barra. 25% a mais, para ser exato!!!


Ao inves de onerar templos, sou a favor de desonerar àqueles que não têm muita paciência para esperar pelo paraíso. Mas infelizmente, nossa estrutura tributária é tão caótica que um pequeno pacote de bondade tributário pode prejudicar os mesmos que foram beneficiados e os demais, como ficou claro com a redução do IPI dos automóveis. Mas isso é uma outra história, para uma outra postagem!!!

segunda-feira, 25 de março de 2013

(Falha nossa!!!)

Na postagem A Renda e suas Distribuições (o primeiro, mas serve também para a outra postagem), o Índice de Gini do cálculo é o MÍNIMO (pois existe também o máximo e o médio), mas isso não afetará a idéia proposta pela postagem!!!


Att.

Edenilson

terça-feira, 12 de março de 2013

A renda e suas distribuições - II

Errata (clique aqui)

Prólogo

Anos atrás li um artigo do site Vermelho que dizia que o PIB da China decuplicou nos últimos 30 anos, mas as desigualdades sociais (leia-se: concentração de renda) aumentaram consideravelmente nesse período. Notei que havia algo errado nesse raciocínio, pois no regime de Mao Tse Tung - embora muitos não admitem - a miséria grassava, milhões de famélicos, e trinta anos depois, a situação amenizou bastante, mas as desigualdades sociais aumentaram. Onde estava a falha???


Na postagem anterior...

...procurei demonstrar matematicamente que analisar a concentração de renda de forma isolada não é um modo eficaz de mensurar o padrão de vida de uma população, o mesmo acontecendo com o PIB ou renda per capita em situação semelhante (leia aqui). E para chegar a essa conclusão, mostrei que a população mais pobre seria mais beneficiada com um elevado PIB per capita com concentração de renda que com a situação inversa - PIB per capita pequeno e renda melhor distribuída.


Devem se lembrar que...

...tive uma implicância com PIB ou renda per capita. Quando se trata da população em geral, usarei um ou outro; quando for de uma parcela da população (no caso, dos mais pobres) usarei apenas renda!!!


Vamos ao que interessa..

A exemplo da postagem anterior, usarei dados reais de dois países: do Brasil e do desenvolvido...Paquistão. Sim, "desenvolvido", pois sob o ponto de vista da concentração/distribuição de renda, ele seria um país desenvolvido. Eis os desafiantes de hoje:

Brasil:
PIB/per capita: US$ 12.000
Índice de gini: 51,9

Paquistão:
PIB per capita: US$ 2.900
Índice de gini: 30,6

(Dados da CIA World Factbook. Seja você também um agente da CIA, clicando aqui e aqui)


Usando aquelas equaçõezinhas da postagem de outrora, veremos que a renda per capita da população mais pobre (escolhi os 80% mais pobre) é de aproximadamente US$ 4.215 para o Brasil e US$ 1.790,75 para o "paraíso social" Paquistão. Notaram como o PIB per capita dessa parcela mais pobre da população brasileira é maior que o PIB per capita do Paquistão???!!!!!!!!!!!!!!

Relembrando as equaçõezinhas:

1) PP - IG = RP

PP = percentual da população mais pobre (no caso, os 80% mais pobres da população)

IG = Índice de Gini

RP = Percentual da renda da população mais pobre (Ex: os 80% mais pobres possuem 30% da renda nacional. Nesse caso, o RP é 30).




2) RCPP = RC x RP / PP

RCPP = renda per capita da população mais pobre (relembrando: dos 80% mais pobres).



Nessa segunda equação, vamos substituir o RP por PP - IG, como na primeira equação. Assim teremos:



3) RCPP = RC x (PP - IG) / PP


É provável que aqueles mais familiarizados com a matemática já tenham feito isso na outra postagem, mas alguns dos milhões de leitores dessa postagem têm mais dificuldade com a matemática e não era necessário detalhar isso na época!!!


Agora, observe o gráfico abaixo:




Para os mais entendidos de matemática, essa é uma função f :IG = RCPP com os dados do Brasil, ou seja RCPP = 12.000 x (80-IG) / 80. Para os que não entenderam nada disso, significa que para cada Índice de Gini (eixo horizontal), há uma Renda per Capita da População mais Pobre correspondente (eixo vertical). Note, por exemplo, a haste que sai do índice de gini 40: ela sobe até a linha azul e aproximadamente desse ponto passa uma haste horizontal que se dirige ao RCPP 6.000 (US$). Isso significa que para um PIB per capita de 12.000 US$ e um Índice de Gini de 40, a RCPP é de aproximadamente 6.000 US$ (o valor exato é descoberto calculando a equação). O caso do Brasil está representado no ponto preto. O ponto vermelho é uma situação indesejada, pois significa que a concentração de renda aumentou, mas não o PIB per capita; logo, a população mais pobre empobreceu. O contrário ocorre no ponto cinza!!!


Agora, observe mais esse gráfico:





Veja as regiões chamadas Cobiçado, Desejado, Indesejado e Repudiado. Qualquer ponto na região azul é Cobiçado em relação à nossa atual RCPP e Indice de Gini (ponto preto na "fronteira"), pois representa um RCPP superior e um Índice de Gini menor. Na região Desejado, um RCPP superior, mas um Índice de Gini também superior. Não seria o ideal, mas preferível à nossa atual situação. No trecho Indesejado, temos um Índice de Gini inferior, mas RCPP também inferior (o que é ruim para os mais pobres). E temos o trecho Repudiado, com RCPP e Índice de Gini superior, ou seja, com concentração de renda; uma situação totalmente indesejada!!!




Agora, vejam essa quarta equação:


4) RC = RCPP x PP / (PP - IG)


Aqui, a renda per capita depende de uma determinada Renda per Capita da População mais Pobre (RCPP) e de um determinado índice de gini.


O gráfico abaixo é, na verdade, um gráfico tridimensional visto de cima e cortado numa certa altura, representando a Renda per Capita da População Pobre (curva azul) com uma determinada Renda per Capita e Índice de Gini. Para os mais familiarizados, trata-se de f :RC, IG = RCPP, sendo RC = 4215 x 80 / (80 - IG). Para os não familiarizados, explicarei melhor em seguida:






Esse gráfico representa o caso brasileiro. O ponto vermelho é a atual situação brasileira, com Índice de Gini de 51,9 e renda ou PIB per capita de 12.000. Qualquer ponto sob a curva localizado à esquerda do ponto vermelho é uma situação mais desejável; isso porque a população mais pobre manterá sua renda per capita, mas com melhor distribuição de renda (como no ponto roxo). O trecho à direita do ponto vermelho, seria um trecho mais indesejável, pois haveria mais concentração de renda, apesar da renda da população mais pobre continuar igual. Mantendo essa renda per capita e com uma distribuição melhor da renda (índice de gini menor) será necessário uma renda ou PIB per capita menor. Caso haja concentração de renda, será necessário um aumento do PIB per capita para manter inalterada a renda per capita dos mais pobres. Isso pode ser visto no gráfico.


Agora, vejam o gráfico abaixo:




Novamente o caso brasileiro, e novamente as regiões Cobiçado, Desejado, Indesejado e Repudiado. Qualquer ponto na região azul é Cobiçado em relação ao nosso atual PIB per Capita e Indice de Gini (ponto preto na "fronteira"), pois representa um PIB per capita superior e um Índice de Gini menor. Na região Desejado, temos um PIB per capita superior, mas um Índice de Gini também superior. Não seria o ideal, mas preferível à nossa atual situação. No trecho Indesejado, temos um Índice de Gini inferior, mas PIB per capita também inferior (o que é ruim para os mais pobres). E temos o trecho Repudiado, com PIB per capita inferior e Índice de Gini superior, ou seja, com concentração de renda; uma situação totalmente indesejada. Repudiada!!!



O gráfico abaixo mostra a situação paquistanesa em relação à brasileira. Para a população mais pobre do Brasil, os mais pobres do Paquistão estão numa situação Indesejada: melhor distribuição de renda, mas renda menor para a população mais pobre:






Mas para a população pobre do Paquistão, os pobres do Brasil estão numa situação Desejada: renda da população mais pobre menor, apesar da maior concentração de renda:




A "Renda per Capita" do gráfico signfica a renda per capita necessária para manter a RCPP com uma alteração do Índice de Gini. No caso brasileiro, isso significa que para uma elevação do Índice de Gini para 70 seria necessário uma RC de 33.720 US$ para manter a atual Renda per Capita dos Mais Pobres (RCPP)!!!


Relembrando, todos esses exemplos acima são em relação à população 80% mais pobre de cada país. Quem tem familiaridade com matemática e Excel pode usar outros percentuais e compará-los um com o outro. Quanto aos demais, escreverei sobre isso posteriormente. Eventuais erros nas equações ou cálculos serão corrigos mais tarde!!!

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Espero que tenha sido satisfatória minha contribuição nesse assunto. Almejemos, antes de tudo, uma maior RCPP, lembrem, a renda per capita da população mais pobre, que nem sempre é garantida com uma melhor distribuição da renda, embora essa sempre seja desejável com uma certa renda (ou PIB) per capita. Me desculpem qualquer coisa!!!













quinta-feira, 7 de março de 2013

Tu produz alimentos? Dane-se!!!

Participei de uma campanha via Facebook contra a desapropriação de terras PRODUTIVAS, numa micro-cidade do norte do RS, para "devolver" aos índios, seguindo o...aham...bem-sucedido exemplo da Raposa Serra do Sol (clique aqui). No meu compartilhamento, para comover quem lê, sem recorrer a mentiras ou apelações baratas, usei uma apelação cara: esses que correm o risco de perderem suas terras são pequenos agricultores - aqueles tão defendidos como bons exemplos de sociedade rural - e não de latifundiários improdutivos. Foi aí que um anjo desceu aqui e disse: latifundiários improdutivos ou não, que diferença faz para aquele pessoal???


De fato: se o latifundio não produz, ele não desempenha uma função social; se produz, não produz alimentos para a população, é monocultor, bicultor, destrói as florestas, rios, fazem meteoritos cairem, e por tudo isso, também não desempenham uma função social. O jeito é ser pequeno agricultor produtivo, desde que não concorra espaço com o índio, improdutivo ou não, pois esse está numa posição superior na escala de importância social idealizada pela esquerda, e com o apoio daqueles que fogem desse rótulo!!!


O que fazer então? Deixar os índios à própria sorte? Não, mas criar uma solução que não prejudique injustamente o outro lado e que, principalmente, não cause um desastre social como o...aham...bem-sucedido exemplo da Raposa Serra do Sol. Até porque, quem deseja terras são caciques para enriquecerem e manter seu poder tribal. O índio "comum" e os jovens índios querem é iphone e acesso à internet. Se nós podemos, porque eles não podem???


Voltando aos latifúncios. Azelite rural, dizem, deve plantar feijão, arroz e batata, não interessando que não haja demanda para tanto. Tudo bem que isso pode ocasionar uma queda nos preços que prejudicaria mais ainda o pequeno agricultor dessas culturas, sem falar da idílica possibilidade desse excedente apodrecer em algum silo ou armazém, mas pelo menos estarão desempenhando uma função social. E então, produzir ou não produzir? Tanto faz, vós estais f...ferrados de qualquer jeito!!!


Enfim, o que fazer? Dividir os latifúndios? Isso acontece naturalmente com o tempo. Cada filho herda um pedaço de terra, que herdarão aos seus filhos, até que um dia o tal latifúndio vire uma pequena comunidade habitada por parentes distantes. Até que algum malvadão compre essas propriedades e se torne um latifundiário. Isso se a FUNAI não chegar primeiro!!!

sábado, 2 de março de 2013

10 perguntas aos meus amigos castrófilos!!!


A vinda ao Brasil da “blogueira” (porque não “ativista’’?) Yoani Sanchez despertou aquele sentimento de tolerância e respeito à liberdade de expressão da inteligente esquerda brasileira, tudo de forma mui pacífica (não sei se houve tratamento igual por parte da esquerda de outros países). Afinal, tratava-se de uma perigosa mercenária da CIA que, munida de uma boina e metralhadora, matou e executou centenas na sua luta para depôr os Castro, assaltou bancos, sequestrou embaixadores e pôs bombas em aeroportos. Enfim, uma ameaça à democracia. Mas vamos às perguntas:


1) Segundo a ONU, nenhuma criança subnutrida no mundo com até 5 anos de idade é cubana. E qual é o “status nutricional” das crianças cubanas com 6 anos ou mais de idade? E dos adultos?

2) Se a situação do povo cubano está difícil por causa do embargo dos EUA, porque o governo cubano oferece saúde e educação de qualidade e GRATUITA para estrangeiros? Não estariam os Castro tirando recursos necessários à população para cobrir os custos desses serviços “gratuítos”?

3) Todos sabem que presos cubanos são executados. Então, porque aqueles que são contra a pena de morte no Brasil simplesmente ignoram as execuções em Cuba?

4) Por que os EUA, mesmo no truculento mandato do Bush, não tiraram Fidel do poder à força, como fizeram com Saddam Hussein no Iraque? Aliás, por que a tentativa de derrubar Fidel Castro – a invasão da Baía dos Porcos – contou com pouco mais de mil homens mal armados, e não com uma poderosa armada aérea e marítima?

5) Por que a CIA não financia “yoanis” no Irã, no Iraque, na Palestina, na Líbia e Coréia do Norte?

6) Por que a democrática Cuba é governada pela mesma pessoa há cinquenta anos? Só por curiosidade: alguém sabe o nome da primeira-dama de Cuba durante todo esse período?

7) E por falar em damas, alguém já viu a mídia falar das Damas de Branco com o mesmo destaque que deram às Mães da Praça de Maio, na ditadura argentina?

8) Por que os cubanos arriscam suas vidas em balsas improvisadas para fugirem do paraíso cubano?

9) Por que os jornais americanos dos anos 1950 se derramavam de amores por Fidel e Che, e não por Fulgêncio Batista? Duvidam? Confiram ou peçam para alguém que tenha acesso a eles conferir.

10) Se o Embargo Comercial só impede o comércio dos EUA com Cuba, porque a liberta Cuba e seus admiradores querem seu fim? Para Cuba vender e comprar produtos do “império”?

11) De onde vem seus conhecimentos sobre Cuba? Dos livros do MEC ou das viagens a pontos turisticos de Cuba? Se sua renda fosse o quíntuplo da renda de um cubano, conseguiria ir à Cuba?

12) Por que o silêncio total sobre os prisioneiros cubanos? Não, não estou falando dos cinco “espiões”, mas dos milhares de presos políticos de Cuba, aqueles que o sr. Luiz Inácio comparou aos presos do PCC (por que não os comparou aos presos “políticos” da nossa ditadura?)

13) A população alfabetizada de Cuba pode ler outro jornal além do Granma? Pode ler algo “contrarrevolucionário” como, por exemplo, uma Veja cubana ou um equivalente cubano de O País dos Petralhas?

14) Por que nenhum atleta brasileiro ou de outros países – com exceção de Cuba – fugiram para outro país na primeira oportunidade?

15) Por que nenhum castrófilo sequer cogita a possibilidade de morar em Cuba? “Então porque você não vá morar nos EUA ou Europa?", me perguntariam. Simples: por que não sou um outdoor ambulante e estridente desses lugares.



Ops, eram só dez perguntas, mas empolguei-me e fiz umas perguntinhas extras. Mas tudo bem, sei que responderão com a sabedoria de quem não se deixa influenciar pela grande mídia (atentem ao caráter restritivo da palavra “grande”). Só não vale colar, responda de acordo com suas próprias crenças!!!