Berlim, 6 out (EFE).- A atriz americana Scarlett Johansson considerou "absurda" a proibição em alguns países ocidentais do uso da burca islâmica, em entrevista da edição alemã da revista "GQ" publicada nesta quinta-feira.
"É um absurdo dizer que roupa alguém pode ou não usar", avalia a atriz, conhecida por seus papéis em "Encontros e Desencontros" e "O Encantador de Cavalos".
Scarlett acrescenta que "uma minoria" entre as mulheres muçulmanas é "forçada" a usar a burca e a maioria usa para mostrar suas "convicções religiosas".
"Para mim é difícil estar em lugares onde a sociedade se baseia na opressão da mulher", afirma.
Segundo a atriz, de 26 anos, "ainda falta muito para a igualdade ser alcançada" entre homens e mulheres, e lamenta que "milhões de mulheres em todo o mundo sejam maltratadas e discriminadas".
Ayaan Hirsi Ali discordaria dela em parte. Em seu livro Infiel, ela relata que em países muçulmanos, qualquer mulher que não esteja escondida com uma burca é chamada de prostituta por qualquer cidadão local. Num certo país muçulmano da África, homens capazes de se excitarem com qualquer mulher vestida de jeans e camiseta estariam autorizados a atacar a infeliz desinformada sobre a necessidade de vestir a burca, mesmo num calor que supera os 40°C e umidade do ar sub-brasiliense!!!
No mesmo livro, Ayaan cita o exemplo do que ocorre numa fábrica holandesa, onde as funcionárias nativas devem ficar afastadas das muçulmanas. Quando uma esbarrava na outra, eram unhadas e puxões de cabelos na certa. “O preconceito é mútuo” diz. As holandesas diziam que as funcionárias muçulmanas (de Marrocos) eram antipáticas e preguiçosas. A opinião dessas últimas em relação às primeiras era ainda pior: prostitutas, e fedem. Naturalmente essa opinião vem de suas "convicções religiosas"!!!
Mas quem é essa Ayaan Hirsi Ali pra falar essas coisas??? Não, não é uma norte-americana neoconservadora tentando justificar as ogivas nucleares apontadas para o chamado “Eixo do Mal”. O “Ali” no nome já indica que se trata de uma muçulmana de nascença, nascida e crescida no certo país muçulmano da África que citei antes, que é a Somália, e que sentiu na pele o terror do islamismo radical. Viu e ouviu – gritos e pedidos de clemência – outras muçulmanas passarem pelo mesmo em outro país muçulmano, a Arábia Saudita!!!
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Ayaan Hirsi Ali em seu livro, Infiel: É, definitivamente, ela não é de extrema-direita!!! |
Quando um país que acolhe oferece tudo aquilo que o país de origem não oferece, o mínimo que os imigrantes (imigrantes ou refugiados? Nesse caso, fico na dúvida) devem fazer são respeitar suas regras, suas leis. Se proíbem o uso de burcas, seja lá qual for o motivo, nada mais certo que cumprir a ordem; ainda mais quando um país oferece a chance desses imigrantes de se integrar a sociedade, o que nesse caso, parece ser na marra mesmo, mas nada tão dramático quanto as imposições e o uso da força nos países de origem dessas mesmas mulheres que evocam a democracia do país para poderem continuar usando a burca!!!
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Scarlett Johansson: Ah, vá se vestir assim no Irã!!! |
A srta. Scarlett poderia visitar o Irã, Arábia Saudita, a Somália, o Egito, qualquer país onde as mulheres usam burcas por “convicções religiosas”. Vá vestida com suas roupas habituais para descobrir como será tratada ou faça uma visita àquela fábrica holandesa!!!